sexta-feira, 22 de abril de 2011

Margaridinha (Coreopsis tinctoria)



           Herbácea bianual, nativa dos Estados Unidos, onde pode ser encontrada, em alguns estados, à beira de rodovias e em terrenos baldios, esta forração  esta esquecida pelos jardinistas.
           De rápido crescimento, a folhagem afilada é delicada num tom verde intenso e, quando floresce, pode alcançar até 1 metro de altura. As diversas hastes que aparecem durante a primavera e verão são repletas de flores pequenas, reunidas em capítulos amarelos e com a parte central marrom vermelhada,sendo que esta mancha, na cultivar Atropurpurea, chega a cobrir toda flor.


           É uma ótima opção para maciços a sol pleno, em solo rico em matéria orgânica, muito rústica quanto aos tratos culturais, tolerando mesmo baixas temperaturas e secas periódicas. Pode até ser utilizada em jardins públicos, praças e jardins residenciais, conferindo ao paisagismo um efeito campestre. Atrai abelhas, borboletas e outros insetos, além de pássaros.


           Multiplica-se por sementes e a melhor época para semeadura é o início do outono, mas pode semear-se espontaneamente ao redor da planta mãe.
           Também chamada Margaridinha-escura ou Calliopsis, é a flor nativa oficial do estado da Flórida. Os índios americanos usavam o chá das suas raízes para diarréia e como emético.
           É uma pena que na Quinta passemos algum tempo sem elas, sendo necessário fazer nova semeadura para termos um campo repleto.
           




Rosa-louca (Hibiscus mutabilis)





             Este arbusto de origem chinesa já foi muito cultivado antigamente como planta ornamental e atualmente esta caindo em desuso. No sul do Brasil era muito comum nos jardins das Omas, tanto o de flores simples quanto o de flores dobradas.
             Recebeu o nome de Rosa-louca porque as grandes flores que ele produz desabrocham brancas pela manhã, passando gradativamente à róseas e avermelhadas à noite. Passa o ano todo despercebida mas, no outono, dá um show, enchendo-se de flores de até 13 cm de diâmetro. Como as flores permanecem por 2 a 3 dias, a planta apresenta-se com flores de vários tons, simultaneamente,  no mesmo exemplar.




              Asfolhas são grandes, ásperas, pubescentes na página inferior, profundamente lobadas e com bordos serrilhados, lemgrando folhas de plátano que, em climas mais frios, podem cair no inverno.
             Chega até 4 metros de altura rapidamente podendo inclusive ser plantada em calçadas, mas com podas, pode ser mantida em tamanho compacto. No jardim pode ser utilizada isolada ou em grupos, na formação de renques, conjuntos e até mesmo em vasos grandes.
             Pode ser cultivado em todo território brasileiro, suportando tanto frio como calor, sempre a sol pleno, em solo argiloso e acrescido de matéria orgânica. É de cultivo muito fácil.
             Multiplica-se facilmente por estacas, sementes e alporquia.




             Também é chamada de Rosa-de -algodão,malva-rosa, aurora, amor-dos-homens, mimo-de-vénus, papoila, papoula-de-duas-cores, rosa-branca, rosa mudança, rosa-de-são-francisco e rosa-paulista. Em inglês, Confederate rose.





quinta-feira, 21 de abril de 2011

Suzana-dos-olhos-negros (Thumbergia alata )

           

            Essa trepadeira felizmente está voltando aos Gardens Centers e floriculturas no Brasil. Antes só encontradas em envelopes de sementes, esta acanthacea é originária da África do Sul e infelizmente considerada planta invasora pelos brasileiros. Cultivada intensamente por europeus e americanos que a melhoraram geneticamente,  criando dezenas de cores que vão desde o vermelho vibrante até as brancas e bicolores. Em vasos com pequenas estruturas, como treliças, arquinhos e tutores, esta trepadeira ganha um charme a parte, tanto pela rusticidade quanto pelo intenso florescimento tornando seu cultivo uma excelente opção para jardins em todo o Brasil. Cobre rapidamente essas estruturas e também pergolados e outras estruturas e objetos indesejados.


            É uma trepadeira de aparência delicada, volúvel, anual e semi-herbácea. Tem folhas cordiformes sagitadas e cobertas por pelos.
            Deve ser cultivada a pleno sol, mas auxiliadas por tutores, pois ttem ramos muito delgados e, apesar de não serem exigentes em relação ao solo, podem receber uma adubação a cada quinze dias com npk solúvel 04-14-08 para intensificar a florada. Apesar de ser perene, pode ser cultivada como anual e sua propagação é feita por sementes e por mudas que nascem espontaneamente ao redor da planta mãe.


            Também é conhecida como amarelinha, olho-preto, cu-demulata, cipó-africano, bunda-de-negro, maria-sem-vergonha, jasmim-da-itália, bunda-de-mulata, olho-de-poeta, cu-de-cachorro, carólia, jasmim-sombra, erva-cabrita, erva-de-cabrita.
            A nossa, exuberante como mostrada aqui nas fotos, nos foi dada de presente pelas amigas Isabel e Maria. Plantada numa cerca de arame farpado, no caminho de acesso próximo à entrada da Quinta, tornou-se uma atração pela cor e quantidade de flores. São muitos os amigos que nos pedem mudas.


Imbé-gigante (Philodendron danteanum variegata)

           

           A forma típica e verde desse arbusto trepador é presença constante nos jardins tropicais. Já a variegada, mostrada nessa foto, é rara e cria contrastes interessantes no jardim.
           Nativo da floresta úmida da Venezuela, o imbê-gigante é um arbusto trepador ou rastejante que pode chegar a 6 m  de comprimento. As enormes folhas com até 90 cm de comprimento são coriáceas, longo-pecioladas, de margem ondulada e largo-crenada e, na espécie nativa, têm coloração verde-escuro brilhante e estão inseridas em ramos de grande diâmetro e muito ramificados.  Já na variedade variegada apresentam tons de amarelo e branco. As inflorescências tem uma espata verde na ponta e avermelhadas tanto na parte interna quanto externa.


           A espécie requer espaço amplo para se desenvolver e pode ser plantada próximo de lagos, árvores e grandes pedras. Fica muito bem subindo em troncos, mas seu crescimento deve ser contido em alguma vezes, pois é muito vigoroso.
           Vai bem tanto em sol pleno quanto em meia-sombra. Precisa de solo rico em
matéria orgânica, mantido úmido.


           Nessa foto, minha fiel governanta, Valdete, posa ao lado dele, que está plantado junto à um exemplar não variegado. 
           Pode ser cultivado em quase todo o Brasil, menos em regiões onde o inverno costuma ser rigoroso. Na quinta ele está plantado à beira do lago e começa a subir num tronco de Pinus num lugar de destaque, na entrada da ponte.
           A propagação é feita por meio da separação dos brotos laterais e estaquia de ramos.




Gloxínia-verdadeira (Gloxinia perennis)


                 Sempre fui apaixonado por Gloxínias e, quando o Murilo trouxe esta, retirada da Mata Atlântica em Santa Catarina, fiquei apaixonado, pois não a conhecia! Está se desenvolvendo muito bem na Quinta, mas em ambiente úmido e, quando em flor chama a atenção, pois estas têm um tom de azul muito bonito.
              Herbácea rizomatosa da família das Gesneriáceas, cultivada raramente como planta ornamental, originária do Brasil, Colômbia e Peru. Seu porte varia de 0,40 cm até 1,0 metro de altura de acordo com a luminosidade do local. As folhas são denteadas, cerosas e com um brilho intenso na face de cima e avermelhadas na parte de baixo e ajudam a destacar ainda mais as inflorescências na ponta dos ramos que podem adquirir uma coloração rosa-azulada muito decorativa.
              É uma espécie muito rústica e exigente quanto ao substrato que deve ser rico em matéria orgânica e permanecer sempre úmido, mas não encharcado. Deve ser cultivada à meia sombra, desenvolvendo-se também à sombra, mas com menor quantidade de flores e porte maior.
              Em regiões de clima subtropical a espécie entre em repouso vegetativo, voltando a rebrotar na primavera.
Mudas podem ser feitas através da divisão dos rizomas da planta.


quinta-feira, 14 de abril de 2011

Taioba gigante (Xanthosoma sagittifolium)




             Me lembro do nosso espanto quando encontramos essa planta num viveiro de plantas pr ximo à São Paulo.
              O Murilo tanto insistiu que conseguiu que nos vendessem uma das pequenas mudas que estavam brotando ao lado daquele gigante de quase três metros de altura e folhas que davam para cobrir um carro! Primeiramente essa muda foi plantada em Santa Catarina, onde cresceu e forneceu mudas para muitos amigos. Depois, com a aquisição da Quinta do Brejo, trouxemos mudas para cá, plantando-as numa várzea próximas ao riacho.Enquanto víamos as mudas de nossos amigos crescerem rapidamente, atingindo grande porte, as nossas após um ano definhavam. Só quando as replantamos sob as mangueiras, em solo menos encharcado, começaram a desenvolver muitorapidamente. Hoje, após cinco meses, já estão com 2 metros de altura.


           De grande beleza, a Orelha-de-elefante-gigante, como também é conhecida, é  uma arácea originária da América Tropical e presença obrigatória em jardins de estilo tropical em todo o mundo. Ganhou fama e destaque nos jardins de Burle Marx, e belos exemplares podem ser vistos no seu sítio no Rio de Janeiro.
           De grande porte, com a idade chega a desenvolver um tronco com até 1 metro de altura e,  as enormes folhas membranácea de cor verde clara e nervuras aparentes na face de cima e verde acinzentada e cerosa na parte inferior são o grande atrativo ornamental da espécie. A lâmina inteira das folhas pode passar de 1.20 m de comprimento e são sustentadas por longos pecíolos de até 90 cm, mas para que a espécie consiga alcançar sua medida máxima, deve-se eliminar as brotações laterais e manter a planta solitária e se possível em local amplo e aberto.
As inflorescências são eretas e surgem no centro da planta, uma espata branco-amarelada de 28- 32 cm de comprimento.
           Deve ser cultivada a sol pleno ou meia sombra, em solos rico em matéria orgânica e mantido úmido, não tolerando geadas.
           É ideal para ser utilizada como elemento isolado ou em maciços em grandes jardins e parques e a multiplicação é feita através das brotações laterais.
          Outros nomes populares são: macabomangarásmangará-mirimmangaretomangarito,  taiá ou yautia,