segunda-feira, 30 de maio de 2011

Flor-de-Lótus (Nelumbo nucifera)



                 Considerada uma planta sagrada em toda Ásia, é símbolo de elevação e pureza espiritual no hinduísmo e no budismo.
                 Originária do Japão,  Filipinas , Índia e Austrália,  é uma herbácea aquática de crescimento vigoroso, com rizomas tuberosos que crescem no lodo dos lagos. Suas enormes folhas coriáceas de até 50 cm de diâmetro são arredondadas e  sustentadas acima da água por longos pecíolos espinhentos de até 1,50 metro de altura. No seu habitat natural é encontrada em cursos de água lentos e lagoas de água doce, vivendo a pouca profundidade.
                 Durante o verão surgem as magníficas flores de até 30 cm de diâmetro que, além de perfumadas, podem ser encontradas nas cores branca, amarela, rosa-mesclada e a tradicional cor de rosa, na forma simples ou dobrada em cultivares criadas pelo homem.


                 Após a florada, surgem os curiosos frutos em forma de chuveiro, que são furados e repletos de sementes comestíveis.  Seus rizomas também são consumidos e muito apreciados nos países orientais (chamados de renkon em japonês), assim como pétalas e folhas novas.
                 Aquática versátil pode ser cultivada em vasos dentro e fora da água, neste caso o vaso deve ser de médio a grande porte, preenchido até a metade com terra e completado com água. Para o controle de larvas de insetos pode-se colocar alguns peixes no vaso, como lebistes ou betas. Em lagos naturais deve-se tomar cuidado, pois torna-se invasiva, necessitando de podas constantes.

                Aprecia sol pleno e solos ricos em matéria orgânica, durante o outono e inverno entra em repouso vegetativo, voltando a rebrotar na primavera. A propagação é feita pela divisão da planta ou facilmente através de sementes, que podem germinar após 30 séculos!
              

Clerodendro-branco (Clerodendron wallichii )

          

          Décadas atrás este belo arbusto era visto em muitos jardins pelo Brasil  mas, infelizmente, é outra planta que caiu em desuso.
          Originário da Índia, China e sul e sudeste da Ásia, esse arbusto semi-lenhoso, muito ramificado, de galhos pendentes e cobertos por folhas alongadas, lanceoladas, verde-brilhantes e com nervuras marcantes, tem crescimento moderado, alcançando até 3 metros de altura. O verde intenso das folhas destaca as inflorescências também pendentes e que ficam repletas de flores brancas e perfumadas durante a primavera e verão, atraindo beija-flores e borboletas para o jardim. Suas sépalas são vermelhas e o fruto, quando maduro, torna-se negro, criando um efeito muito bonito.
          Aprecia sol pleno ou meia sombra, solo rico em matéria orgânica mantido úmido, mas não encharcado. Pode ser cultivado em todo o Brasil, excetuando-se regiões sujeitas à geadas.
          Usado em renques acompanhando muros e em agrupamentos o seu efeito ornamental é belíssimo, mas como elemento isolado em canteiros ou vasos as inflorescências pendentes ganham um destaque especial.
          A planta pode ser atacada por formigas cortadeiras, por isso é recomendado manter vigilância constante.
          Sua propagação é feita através de estacas no final do inverno.
          Em inglês é chamada Nodding Clerodendron ou Bridal's Veil (Véu de Noiva) sendo, inclusive usada em buquês de noiva.