quinta-feira, 21 de abril de 2011

Suzana-dos-olhos-negros (Thumbergia alata )

           

            Essa trepadeira felizmente está voltando aos Gardens Centers e floriculturas no Brasil. Antes só encontradas em envelopes de sementes, esta acanthacea é originária da África do Sul e infelizmente considerada planta invasora pelos brasileiros. Cultivada intensamente por europeus e americanos que a melhoraram geneticamente,  criando dezenas de cores que vão desde o vermelho vibrante até as brancas e bicolores. Em vasos com pequenas estruturas, como treliças, arquinhos e tutores, esta trepadeira ganha um charme a parte, tanto pela rusticidade quanto pelo intenso florescimento tornando seu cultivo uma excelente opção para jardins em todo o Brasil. Cobre rapidamente essas estruturas e também pergolados e outras estruturas e objetos indesejados.


            É uma trepadeira de aparência delicada, volúvel, anual e semi-herbácea. Tem folhas cordiformes sagitadas e cobertas por pelos.
            Deve ser cultivada a pleno sol, mas auxiliadas por tutores, pois ttem ramos muito delgados e, apesar de não serem exigentes em relação ao solo, podem receber uma adubação a cada quinze dias com npk solúvel 04-14-08 para intensificar a florada. Apesar de ser perene, pode ser cultivada como anual e sua propagação é feita por sementes e por mudas que nascem espontaneamente ao redor da planta mãe.


            Também é conhecida como amarelinha, olho-preto, cu-demulata, cipó-africano, bunda-de-negro, maria-sem-vergonha, jasmim-da-itália, bunda-de-mulata, olho-de-poeta, cu-de-cachorro, carólia, jasmim-sombra, erva-cabrita, erva-de-cabrita.
            A nossa, exuberante como mostrada aqui nas fotos, nos foi dada de presente pelas amigas Isabel e Maria. Plantada numa cerca de arame farpado, no caminho de acesso próximo à entrada da Quinta, tornou-se uma atração pela cor e quantidade de flores. São muitos os amigos que nos pedem mudas.


Imbé-gigante (Philodendron danteanum variegata)

           

           A forma típica e verde desse arbusto trepador é presença constante nos jardins tropicais. Já a variegada, mostrada nessa foto, é rara e cria contrastes interessantes no jardim.
           Nativo da floresta úmida da Venezuela, o imbê-gigante é um arbusto trepador ou rastejante que pode chegar a 6 m  de comprimento. As enormes folhas com até 90 cm de comprimento são coriáceas, longo-pecioladas, de margem ondulada e largo-crenada e, na espécie nativa, têm coloração verde-escuro brilhante e estão inseridas em ramos de grande diâmetro e muito ramificados.  Já na variedade variegada apresentam tons de amarelo e branco. As inflorescências tem uma espata verde na ponta e avermelhadas tanto na parte interna quanto externa.


           A espécie requer espaço amplo para se desenvolver e pode ser plantada próximo de lagos, árvores e grandes pedras. Fica muito bem subindo em troncos, mas seu crescimento deve ser contido em alguma vezes, pois é muito vigoroso.
           Vai bem tanto em sol pleno quanto em meia-sombra. Precisa de solo rico em
matéria orgânica, mantido úmido.


           Nessa foto, minha fiel governanta, Valdete, posa ao lado dele, que está plantado junto à um exemplar não variegado. 
           Pode ser cultivado em quase todo o Brasil, menos em regiões onde o inverno costuma ser rigoroso. Na quinta ele está plantado à beira do lago e começa a subir num tronco de Pinus num lugar de destaque, na entrada da ponte.
           A propagação é feita por meio da separação dos brotos laterais e estaquia de ramos.




Gloxínia-verdadeira (Gloxinia perennis)


                 Sempre fui apaixonado por Gloxínias e, quando o Murilo trouxe esta, retirada da Mata Atlântica em Santa Catarina, fiquei apaixonado, pois não a conhecia! Está se desenvolvendo muito bem na Quinta, mas em ambiente úmido e, quando em flor chama a atenção, pois estas têm um tom de azul muito bonito.
              Herbácea rizomatosa da família das Gesneriáceas, cultivada raramente como planta ornamental, originária do Brasil, Colômbia e Peru. Seu porte varia de 0,40 cm até 1,0 metro de altura de acordo com a luminosidade do local. As folhas são denteadas, cerosas e com um brilho intenso na face de cima e avermelhadas na parte de baixo e ajudam a destacar ainda mais as inflorescências na ponta dos ramos que podem adquirir uma coloração rosa-azulada muito decorativa.
              É uma espécie muito rústica e exigente quanto ao substrato que deve ser rico em matéria orgânica e permanecer sempre úmido, mas não encharcado. Deve ser cultivada à meia sombra, desenvolvendo-se também à sombra, mas com menor quantidade de flores e porte maior.
              Em regiões de clima subtropical a espécie entre em repouso vegetativo, voltando a rebrotar na primavera.
Mudas podem ser feitas através da divisão dos rizomas da planta.