domingo, 13 de fevereiro de 2011

Justícia-de-espinho (Acanthus montanus)

             Infelizmente caindo cada vez mais em desuso, este belo arbusto de pequeno porte dificilmente é encontrado nos viveiros de produção de plantas ornamentais, apesar de ter sido muito usado por Burle-Marx.
             Nativo da região Mediterrânea e África tropical cresce em torno de 40-60 cm de altura, as folhas coriáceas e marmorizadas em vários tons de verde possuem a superfície brilhante, margem providas de espinhos, estes não apreciados pelos cultivadores da espécie, mas que somados a todas as características da planta conferem um grande efeito ornamental no jardim. Aqui no nosso cultivo procuramos plantá-lo em lugares afastados da circulação de pessoas.
             As inflorescências em forma de espigas nas pontas dos ramos na cor rosa esbranquiçado surgem na primavera e verão e destacam ainda mais a beleza da planta, sendo muito atrativas para abelhas e beija-flores, mas devem ser cortadas quando secas para não prejudicar o efeito visual da planta.
             O seu cultivo é recomendado na forma de grandes maciços ou até servindo com uma cerca viva de baixo porte, para delimitação de áreas, em regiões onde o clima é subtropical e úmido, o solo deve ser rico em matéria orgânica e bem drenado. Tem raízes agressivas, sendo ideal para recobrir taludes.
             Apesar de preferir clima subtropical, é outra planta que está se dando muito bem no interior do estado de São Paulo, num calor infernal!
             Das suas folhas é extraída uma substância de efeito analgésico, É usada na medicina tradicional africana para infecções urogenitais, endometrites, doenças urinárias, cistites e dores em geral. Na Nigéria, suas raízes são muito usadas no tratamento de furúnculos.



Cuféia-cara-de-morcego (Cuphea llavea )


              Depois de muito procurar, conseguimos essa planta na Floricultura Úrsula no Rio Grande do Sul. Tínhamos dúvidas se íriamos ter sucesso com ela no nosso clima tão quente, mas a cada ano ela fica mais e mais bonita! Cultivamos a nossa no solo, mas breve faremos experiências em vasos para vermos como ela se comporta.
              Herbácea perene originária do México que de acordo com o clima pode se comportar como anual. Suas flores tubulares com detalhes em violeta terminam em 2 pétalas vermelho brilhante que levaram a planta a ganhar o típico nome popular. Chega até 60 centímetros de altura e pode-se cultivá-la como forração em grandes maciços e  bordaduras sempre a sol pleno, tolerando meia-sombra. Prefere climas quentes, solos bem drenados e é muito resistente à secas, mas é resistente a até 6° C. Sua floração ocorre durante a primavera se estendendo até o outono. O solo deve ser rico em matéria orgânica e mantido úmido e a reprodução é feita por sementes e estacas herbáceas, também ocorrendo naturalmente por mergulhia nos canteiros. É muito atraente para beija-flores, borboletas e abelhas. Quanto ã pragas as mais comuns são pulgões e moscas-brancas.
             Também é chamada de Ratinho, planta de São Pedro e Orelhas de Coelho, mas achamos  Cara de Morcego (Batface  mais ilustrativa., porque, olhando-se a flor de frente, vê-se claramente a criaturinha muito frequente em filmes de terror. Existem também  variedades dobradas, registradas como Cuphea llavea "Flamenco Samba" e C. llavea 'Totally Tempted´ .
Aqui Natália, filha de nossos grandes amigos Samyr e Flávia, que como toda criança, se diverte com a flor.

 Uma brincadeira que gostamos de fazer com as crianças (e que adultos também curtem) é comparar a flor morcego com a flor borboleta (Clerodendron ugandensis).