sábado, 12 de março de 2011

Lírio-da-chuva-gigante (Habranthus robustus)


                     Nativo da América Tropical, esta herbácea bulbosa parente das Amaryllis, é pouco explorada no paisagismo. No jardim, o Habranthus forma um maciço muito bonito, de até 30 cm de altura, as folhas são lineares, longas, glabras e brotam de delicados bulbos.
                     Durante a primavera e o verão, onde o calor e a estação das chuvas desperta a bela florada, da base dos bulbos surgem na ponta de pedúnculos, flores solitárias, cor de rosa, em forma de funil, grandes, de até 10 cm de diâmetro, a durabilidade é pouca, no máximo três dias, mas os botões garantem uma florada continua. Em vasos e floreiras o seu efeito fica em evidência, mas também pode ser utilizado em maciços e bordaduras, sempre a sol pleno, em solo rico em matéria orgânica, bem drenado. Em regiões onde o inverno é intenso, a planta pode entrar em repouso vegetativo.
                     Multiplicam-se rapidamente e em pouco tempo formam um grande maciço, atraindo abelhas, borboletas e colibris.
                     Uma dica importante: a folhagem é atacada por lagartas que devoram toda planta, então recomendamos a aplicação de inseticidas biológicos como o Dimypel ou um repelente de lagartas ou até mesmo rodelas de cebola espalhadas semanalmente entre as mudas. A propagação é feita através de sementes ou divisão da touceira contendo os bulbos.
                     É nativa da Argentina e Brasil, em áreas com chuva espalhadas por todo o ano, com exceção do fim do verão. Pode ser induzida a florescer mais vezes durante o ano, deixando o vaso secar completamente por alguns dias e depois encharcando-o novamente.
                     As nossas foram compradas no CEAGESP em São Paulo, em caixaria. Quando as vimos achamos tratar-se de uma outra espécie de Zephirantes, mas após pesquisas descobrimos tratar-se de outro gênero.
                     Também é chamada de Lírio da Chuva Argentino.
                  Nosso canteiro atrai  muitos olhares  quanto está em floração.

Imbé-rasgado (Monstera dilacerata)



Rara folhagem tropical e difícil de ser observada nos jardins brasileiros.
Nativa da Floresta Amazônica foi utilizada pelo paisagista Roberto Burle Marx em seus projetos paisagísticos.
É uma herbácea epífita e escandente, muito ramificada e repleta de  folhas angulosas, pinatilobadas e com a lâmina foliar marcada por nervuras impressas, podendo chegar a 95 cm de comprimento e sustentadas por um pecíolo de até 90 cm de comprimento, exigindo um amplo espaço para o seu desenvolvimento.
Como na sua prima, a Costela-de-adão (Monstera deliciosa), as infrutescências são comestíveis quando maduras, mas jamais os frutos devem ser consumidos imaturos, pois possuem oxalato de cálcio que provoca irritação na boca.
Atualmente é encontrada em vasos utilizados como planta ornamental para interiores, mas quando plantada encostada em grandes árvores, pedras e até em muros, proporciona um belo efeito tropical no jardim.
Aqui na Quinta ela está subindo num pé de Jenipapo (Jenipa americana) e todos que a vêem se encantam. Pessoas de vários países já me perguntaram pelo Facebook sobre essa  planta, cuja foto tenho no meu álbum.